O avanço da tecnologia tem transformado de forma profunda o mercado de trabalho. O administrador de empresas Fernando Trabach Filho aponta que a automação já não é mais uma possibilidade distante. Ela faz parte da rotina de muitas empresas. Máquinas, algoritmos e sistemas inteligentes assumem tarefas antes feitas por pessoas, otimizando tempo e reduzindo custos, mas também gerando dúvidas sobre a permanência de alguns cargos.
A pergunta que muitos profissionais têm feito é: meu trabalho pode ser substituído por uma máquina? E a resposta depende menos da área de atuação e mais da natureza das atividades exercidas. Quanto mais repetitiva e previsível for a tarefa, maior a chance de ser automatizada. Fernando Trabach Filho destaca que o impacto da automação varia conforme o setor, o grau de especialização e a capacidade de adaptação dos trabalhadores.
Quais tipos de empregos estão mais vulneráveis à automação?
Funções operacionais e administrativas, especialmente aquelas com processos padronizados, estão entre as mais afetadas. Atendentes de call center, operadores de caixa, digitadores, motoristas e até analistas financeiros vêm sendo gradualmente substituídos por sistemas automatizados. Fernando Trabach Filho explica que robôs de atendimento, softwares de gestão e veículos autônomos são exemplos de como a tecnologia já executa tarefas antes atribuídas a humanos.
Contudo, mesmo em áreas técnicas e mais complexas, a automação avança rapidamente. Setores como logística, manufatura e serviços bancários têm adotado soluções baseadas em inteligência artificial e robótica para ganhar agilidade e precisão. A substituição nem sempre é total, mas reduz a necessidade de mão de obra para funções intermediárias, o que exige uma requalificação constante dos profissionais.

Existem áreas que estão mais protegidas?
Sim. Empregos que exigem criatividade, pensamento crítico, empatia e tomada de decisões complexas ainda estão longe de serem totalmente automatizados. O administrador de empresas Fernando Trabach Filho explica que profissões nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento humano, engenharia especializada e artes continuam com forte demanda por atuação humana. A interação interpessoal, a sensibilidade cultural e a capacidade de lidar com o imprevisto são habilidades difíceis de replicar por máquinas.
Entretanto, novas profissões estão surgindo justamente por causa da automação. Analistas de dados, especialistas em cibersegurança, engenheiros de IA e designers de experiência do usuário são exemplos de cargos em expansão. O futuro do trabalho não será apenas sobre o que deixará de existir, mas sobre como as funções vão evoluir e se adaptar aos novos modelos produtivos.
Como se preparar para esse novo cenário?
A chave está na atualização constante. Buscar qualificação, aprender a lidar com novas tecnologias e desenvolver habilidades digitais são importantes para manter a empregabilidade. Fernando Trabach Filho reforça que a tecnologia pode liberar o ser humano de tarefas repetitivas para que ele se dedique a atividades mais estratégicas e criativas, e aqueles que souberem combinar competências humanas com o uso inteligente da tecnologia terão mais espaço no mercado.
Enfrentar a mudança com inteligência
O avanço da automação é inevitável, mas isso não significa o fim do trabalho humano. Para Fernando Trabach Filho, ao entender quais tarefas podem ser automatizadas e quais competências são valorizadas no novo mercado, cada profissional pode agir de forma estratégica. A automação não se trata de eliminar empregos. Ela transforma o que significa trabalhar. E quem estiver disposto a evoluir junto com ela continuará fazendo parte do jogo.
Autor: Aleksey Frolov