Pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida realizaram um estudo com 100 gatos com livre acesso à rua que vivem na Cidade de Ås, localizada no sul da Noruega. Os resultados foram possíveis a partir de dados coletados do GPS que cada um dos felinos recebeu.
A pesquisa revelou que, em 79% do tempo ao ar livre, os gatos não foram mais longe do que 50 metros de suas casas. Ou seja, eles mal saiam de perto do quintal ou jardim durante as voltinhas. A média máxima foi de 352 metros de distância da residência.
O professor responsável pela pesquisa, Richard Bischof, explica que apesar dessas médias, tiveram exceções, como casos de felinos que andaram por quilômetros. Segundo ele, cada gato tem hábitos diferentes.
Todos os gatos pesquisados eram castrados, fato que desestimula passeios mais longos. Esse é mais um ponto que mostra que a característica de grandes viagens é atribuída a hábitos próprios de um determinado felino.
A caça e o desequilíbrio ambiental
Outro ponto, dessa vez observado na maioria dos gatos da pesquisa, é que mesmo tendo acesso à comida ilimitada dentro de casa, eles preferiam satisfazer seus instintos felinos caçando outros seres vivos.
A busca por saber mais sobre esse hábito de caça em pequenos locais é o que motivou os pesquisadores a estudarem esses casos. O foco era descobrir se tais hábitos de caça afetavam a vida selvagem local.
O estudo descobriu que os gatos se limitam a pequenas áreas, o que pôde esclarecer soluções possíveis para os problemas de desequilíbrio ambiental. Entre uma das sugestões de soluções estão: evitar a vida livre dos gatos fora de casa e castrar os pets.
Os cientistas sugerem que sejam feitos novos estudos sobre esse assunto, a fim de entender melhor como elucidar esse problema.